Operação Prato foi o nome dado a uma operação realizada pela Força Aérea Brasileira em 1977 e 1978, através do seu Comando Aéreo Regional em Belém, para verificar a ocorrência de estranhos fenômenos envolvendo luzes hostis relatados pela população do município de Colares, estado do Pará, Brasil.
A Missão
Sob o comando do Capitão Uyrangê Bolivar Soares Nogueira de Hollanda Lima, que deu o nome à missão e formada por mais de duas dezenas de militares, a equipe investigou a área que fica no litoral próximo ao município de Colares, munidos de câmeras fotográficas e filmadoras de 8 e de 16 mm.
Seu principal objetivo era observar e registrar, de todas as formas
possíveis, as estranhas e inexplicáveis manifestações relatadas pelos
habitantes. O posto médico da cidade havia realizado atendimentos a
diversas pessoas vítimas de queimaduras cujos responsáveis, segundo a
população, eram estranhas luzes vindas do céu. O fenômeno era conhecido
como chupa-chupa e a história estava criando certa histeria entre
os moradores que, buscando uma controversa explicação religiosa,
atribuía os ataques ao "diabo, que estaria na Terra para atacar os
cristãos". Enquanto esteve na cidade, a equipe de Hollanda Lima
conseguiu restabelecer a ordem e evitar o pânico, que levava muitos
cidadãos a se organizarem para fazer vigílias e usar fogos de artifício
na tentativa de afugentar as misteriosas luzes.
A operação durou pouco mais de quatro meses e nos dois primeiros, a
equipe do Capitão Hollanda Lima não registrou ocorrências, porém o
cenário iria se modificar radicalmente segundo o militar.
Testemunho
Em 1997, vinte anos depois, Hollanda Lima concedeu uma entrevista aos pesquisadores Ademar José e Marco Antonio Petit
relatando os acontecimentos e as atividades de sua equipe nos dois
últimos meses da operação. Segundo ele, sua equipe presenciou as mais
surpreendentes e estranhas manifestações de natureza desconhecida. Além
de ter presenciado, os militares registraram os erráticos movimentos de
pequenos objetos luminosos que julgou serem “sondas ufológicas”.
Constataram também a presença de gigantescas naves que executavam
manobras que destruiriam qualquer aeronave conhecida. Seriam maiores que
“um prédio de trinta andares” em seu comprimento e emitiam luzes de
várias cores. Tais “espaçonaves” recolhiam regularmente as “sondas
pesquisadoras”.
Em sua entrevista, Hollanda Lima declarou que dois agentes do Serviço Nacional de Informação,
também tiveram a oportunidade de presenciar estas manifestações
envolvendo os objetos gigantes. O capitão pôde fotografar e filmar
diversos tipos de luzes, das mais diversas dimensões. As cores também
variavam e supunha ele que indicavam a função ou o tipo de manobra do
“aparelho”.
A equipe também recolheu relatos incríveis contados pela população
ribeirinha. Alguns envolvendo seres luminosos saídos do interior de
estranhos objetos. Esses seres arrebatavam pessoas com sua luminosidade.
Outros sugavam o sangue das pessoas que capturavam. Um fato registrado é
que na maioria dos episódios havia a presença de uma ou mais
testemunhas.
A Operação Prato foi tema de um documentário do The History Channel, que no Brasil foi exibido com o título O Caso Roswell Brasileiro, dentro da série Arquivos Extraterrestres.
Os relatórios da Operação
Originalmente, o Capitão Hollanda Lima dizia que apesar de crer na
possibilidade de vida extraterrestre não acreditava ser esse o caso dos
registros visuais em Colares, contudo mudou radicalmente a sua opinião
durante o tempo em que esteve na região, pois teria visto, filmado e
fotografado OVINIS sobrevoando a cidade, próximo aos locais onde o pessoal de sua equipe estava instalado.
O comando da Aeronáutica oficializou o término da operação após
quatro meses e ordenou o regresso da equipe. Porém o capitão disse que
tentaria investigar ainda por conta própria. As luzes continuaram a ser
vistas em Colares por algum tempo mas não com a mesma intensidade e
casos de vítimas das queimaduras não foram mais registrados.
Uyrangê Bolívar Hollanda Lima foi encontrado morto em sua casa na Região dos Lagos no Rio de Janeiro
em 2 de Outubro de 1997, ou seja, dois meses após sua entrevista ser
dada. Ufólogos que ficaram amigos do militar afirmam que Uyrangê passava
por uma profunda depressão devido a experiência que sofreu com os fatos
ocorridos e portanto cometeu suicídio, enquanto uma outra corrente de
ufólogos afirma não acreditar que Uyrangê tenha cometido suicídio,
lançando suspeitas sobre uma conspiração de assassinato. Todo o material
registrado pela sua equipe durante a Operação Prato ficou em posse da
FAB, que só começou a liberar os arquivos ao público em 2008. (wikipédia)