"O clássico da literatura A Revolução dos Bichos, criado pelo escritor, jornalista e ativista político George Orwell, em 1944, é considerado um dos melhores livros em língua inglesa do século XX. [...]
Esta obra se vale do reino animal para representar as imperfeições humanas [...]
A Revolução dos Bichos, indicada pela revista norte-americana Time para figurar entre os cem melhores livros escritos no idioma inglês, aborda uma trama repleta de traidores e seres corrompidos pela sede de poder. Os animais residem na Granja do Solar, comandada pelo Sr. Jones; nela convivem porcos, galinhas, vacas, cães, gatos, cavalos, gansos e pássaros, os quais, descontentes com o chefe do local, cedem às instâncias do porco Major e se rebelam contra a autoridade constituída.
Major alega ter sonhado com um recanto no qual todos os bichos são iguais e capazes de governar e sustentar a si mesmos; duas semanas após o início da revolta, este porco aparece morto, alimentando ainda mais a ideia de rebelião. Os animais têm um objetivo, criar o Animalismo, que resume os ideais de todos.
A revolução finalmente é realizada e os humanos são expulsos do lugar. Agora os bichos são chefiados por outro porco, Bola-de-Neve; sob seu comando todos geram uma nova organização, semeiam e colhem, são educados, elaboram marcos comemorativos, hinos, emblemas e festas. Todas as questões são discutidas coletivamente na Granja dos Bichos. Mas outro porco, Napoleão, está sempre entrando em conflito com o líder e, um dia, ele atraiçoa Bola-de-Neve, destrona este governante e toma seu lugar, convertendo-se em temido déspota, tão prevaricador quanto o antigo chefe humano.
Napoleão logo constitui uma aristocracia de porcos, os únicos que podem expressar seus pensamentos e a quem as decisões são comunicadas; os outros são ameaçados pelos cachorros criados secretamente por ele. O novo governante desobedece todos os sete princípios do Animalismo e passa a praticar toda espécie de vício, até mesmo o assassinato de vários bichos e o intercâmbio com humanos.
[...]"
(Foram eliminados trechos da resenha para eliminar qualquer vinculação política ao texto)
Na verdade estamos falando de BBB e a pergunta que não quer calar é: será que nosso programa vive sob o julgo de uma Revolução nas redes sociais?
Penso que a produção do programa já se deu conta que possui um público cativo que acompanha o BBB. Será que está disposta a desistir desse nicho em busca de um maior? Ou será que já desistiu e espera que o programa acabe?
O BBB14 possui um apelo GLBT, que tenta transformar uma demonstração de amizade de Roni e Marcelo em um flerte. Será que é isso mesmo? Será que é essa discussão que mantém o público no sofá e PPV?
A discussão dessa edição gira em torno da orientação sexual dos participantes, desde Cássio até Letícia. As alianças que sempre são interessantes para o jogo não se montam. Existe um individualismo até nos casais.
Todos os participantes têm medo do julgamento por formação de grupos e esquecem que falsidade, mau caratismo(se é que isso existe), covardia e destempero também são fatores de risco.
A saída da Amanda com uma margem expressiva de votos pode significar 2 coisas:
- Boninho manipulou a votação (essa é menos pior) para manter o enredo da história e segurar a audiência;
- Um grupo de torcedores conduzidos por interesses escusos manipularam a votação através de scripts ou outros artifícios. Essa é muito pior porque temos aí uma discussão ética que extrapola os limites de BBB e que não me interessa conduzir.
Sai a gata ruiva; e fica a pobrezinha que vive do corpo e está disposta a qualquer coisa por esse 1,5 milhão.
Rezo que a revolução dos bichos nas redes sociais não tenha o mesmo fim da fábula de George Orwell.
O BBB14 acabou!!!!