Ilustração: Livre Sabiá
O Félix, da novela Amor à Vida, falou ontem que não era um livro de auto-ajuda ambulante. O personagem caricatural provocou em mim um acesso de risos com essa afirmação tão vazia e ao mesmo tempo repleta de sentido.
(Sim, tudo bem, e daí!?)
Realmente, naquele momento, não me despertou nenhum sentimento, nem tampouco pensei sobre o assunto. Nada, nada mesmo! Pensava eu! Ou melhor, pensei eu!
Aquilo plantara uma mensagem subliminar que eu só perceberia horas depois.
(É de onde menos se espera...que nada acontece!)
Pois bem, abro o "facebuda" (ô local para ter gente culta, honesta e cheia de amor pra dá) e leio a frase de um dos treinadores da minha equipe de corrida: "Seja maior que suas desculpas!"
(E o KIKO? Kikio tenho a ver com isso?)
Parei para pensar! E descobri que passo mais tempo encontrando desculpas para ser o que sou, do que buscando forças para ser quem eu queria ser.
Quando queremos vender alguma coisa precisamos mostrar que a pessoa tem um problema, e provar que aquele problema é gigantesco. Então apresentamos uma solução com preço pequeno, quando comparado com o tamanho do problema apresentado.
Então na nossa vida fazemos o contrário criamos um problema gigantesco, como desculpa para a inércia.
Poderia resgatar histórias tristes ou histórias de sucesso para buscar sustentação para meu ponto de vista, entretanto, assim como Mateus Solano: "sou ser humano, não um livro de auto-ajuda ambulante".
Decidi fazer algo diferente hoje:
- Vou parar de esperar das pessoas a minha imagem e semelhança (Não sou Deus!);
- Vou aproveitar cada momento com as pessoas que gosto como se fosse a última vez (Felicidade começa com "fel" porque é amarga até sabermos aproveitar);
- Vou buscar piada em tudo e evitar me magoar por brincadeiras;
- Vou voltar a ser criança e esquecer de me lembrar do que deveria ser certo;
- Vou voar, porque serei, a partir de hoje, maior que minhas desculpas!
