quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

E o BBB 14? - Parte II



Marcelo – o enigma. Será ele inteligente? Culto? Bobo? Tímido? Estará ele represando, como pode, um temperamento agressivo? Estará ele sofrendo pelos efeitos da abstinência sexual? Será inveja o que sente em relação aos casais ali formados? Teria ele, realmente, se apaixonado por Letícia? Teria ele investido em Ângela apenas para tentar se despir da imagem de homem desprezado (e com isso conseguindo reforçá-la, pobre Marcelo!)? O que se esconde por trás daqueles olhos verdes da bela figura de Marcelo? Tentei perceber, num raro close da câmera, mas confesso que nada vi! Quem sabe até o final de março...

Roni – o robô. Eu o vejo quadrado com o Bob Esponja, a fala e o andar robóticos do C-3PO, emitindo conceitos ultrapassados e ultrajantes a respeito das mulheres, distribuindo conselhos como se fosse um guru, namorando com o romantismo de um Capitão Nascimento e cozinhando como Ana Maria Braga. Leio insinuações a respeito de sua sexualidade dúbia e me vem a imagem dele firmemente agarrado à porta do armário, cujas dobradiças já caíram. Se pudesse dar a ele um conselho, eu diria “Roni, dispa-se de todos esses personagens e solte essa porta...liberte-se e seja feliz!”

Tatiele Pollyana – o estereótipo de miss. Acusem-me de preconceito contra as misses, mas as vejo assim como essa moça de nome duplo tão estranho. Dona de belo corpo, vive dele e para ele. Empenha-se em exercícios na academia com o afinco nunca usado diante de um livro e, o maior agravante, acha engraçado ser ignorante, vê charme no fato de não ter noções básicas de português, admite ser depreciada e ridicularizada e, diante disso, chega ao cúmulo de nos brindar com uma gargalhada espalhafatosa e sem sentido. Cabe aqui uma pergunta que caberia a muitos deles, mas se encaixa melhor no caso dela: o que faz essa moça no BBB?

Slim – a imagem da pretensa segurança. Quer se mostrar sempre equilibrado, seguro e bom conselheiro. A impressão que me passa é de que já sente o prêmio em suas mãos. Jamais altera a voz ou reclama de alguma coisa. Faz-se amigo de todos, acreditando que nós, aqui de fora, também nos sentimos amigos dele. No BBB, é permitido viver de ilusão!

Vanessa – o embuste personificado. Deprimente. Veste o traje de ativista em prol de uma causa nobre, mas não a representa. Seu objetivo é a auto-promoção. Afirmou viver do corpo e ser a mais necessitada de dinheiro, como se fosse esse o quesito que deveríamos levar em conta. Confessou ter conhecido Clara antes de entrar para o BBB, reforçando as teorias de montagem fake de sua relação homossexual. É uma pessoa desagradável, oportunista e grosseira.

Enfim, o que resta a nós, os órfãos? Acompanharmos essa edição morna até o final, ainda esperançosos, mas sem paixão? Torcermos para que seja melhor em 2015? Ou simplesmente concluirmos que, infelizmente, o formato se esgotou?

Elaborado por: Karmen Mir
Construir em Vez de Combater

"Creio que uma das atitudes fundamentais do homem humano deve ser a de reconhecer em si, numa falta de compreensão ou numa falta de acção, a origem das deficiências que nota no ambiente em que vive; só começamos, na verdade, a melhorar quando deixamos de nos queixar dos outros para nos queixarmos de nós, quando nos resolvemos a fornecer nós mesmos ao mundo o que nos parece faltar-lhe; numa palavra, quando passamos de uma atitude de pessimista censura a uma atitude de criação optimista, optimista não quanto ao estado presente, mas quanto aos resultados futuros. O mesmo terá já dado um grande passo para impedir os ataques, quando aceitar que só puderam existir porque a sua acção não foi o que deveria ter sido; quando se lembrar ainda de que toda a sua coragem se não deve empregar a combater, mas a construir."
Agostinho da Silva, in 'Textos e Ensaios Filosóficos'

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