Hoje vou escrever em prosa um sentimento que só se passa em versos. Peço que antes de iniciar o processo de leitura do próximo parágrafo feche os olhos e sinta uma luz percorrendo seu corpo. A luz começa massageando seu dedão do pé e vai paulatinamente perscrutando todo o seu corpo até viajar pelo espaço sideral desligando-se pelo seu último fio de cabelo eriçado do couro cabeludo.
Conseguiu sentir? Um arrepio crescente que parece que potencializa e amplifica todas as sensações felizes de sua vida?
Você sentiu uma lágrima escorrendo pelo seu rosto lavando suas tristezas e preconceitos?
Cinco minutos passaram-se você sentiu a eterna alegria de um momento transformada em tempo infinito?
Sentiu a alma do poeta quando encontra inspiração de sua musa através da transpiração que imagina sob o Edredom?
Sentiu algo diferente em 5 minutos com os olhos fechados?
Não sentiu nada? Parabéns você é normal e sua poesia está na vida. No olhar torto, na lágrima escorrida, na alegria contida, em uma prosa concreta coberta de redondilhas ou no simples espaço do ser do ser só do ser completo do estado de ser sofrido preocupado embolado e agarrado ao sorriso perdido do nada partido coração repartido querido vício do ser você.
Ainda bem que não sentiu nada ganhou 5 minutos de trotes de um poeta que fala em verso mas só pensa na prosa.
O poeta estriônico, coxinha por natureza, chato por insistência e engraçado pela inteligência de não mostrar o que esconde sem ter o medo de errar.
No dia Nacional da poesia o destino deu asas ao poeta seConseguiu HB
Go Adrilles!
E já corri!
