quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Melhor escutar do que falar

Una estreia esquisita para um BBB de TIPOS tão exóticos.

A edição foi muito curta, até justifica-se pela falta de material, com uma prova do líder "sem sal".

A liderança de primeiro dia caiu no colo da Amanda e arrastou mais nove do grupo dela para a imunidade. Isso significa que apenas 10 cativos poderão ser votados hoje para a formação do primeiro paredão.

Quem serão os escolhidos? Sairão 2? Ainda não se sabe o que o Boninho está pensando.

A madrugada foi densa. A edição provavelmente precisará de legendas e será em formato de cinema mudo. Impressiona a falta de conteúdo dos participantes dessa edição (até o momento). O uso de gírias e palavrões é tão exagerado que podemos definir o vocabulário dos participantes como pertencente a um dialeto da nossa língua nativa ou até mesmo um novo idioma. Caso não editem o programa ao estilo Charles Chaplin teremos uma orquestra de PI PI PIs de censura.

O destaque da noite foi a Bella (a bailarina) que tentou dançar sobre o tabu do sexo anal, talvez de uma maneira forçada, tentando arrebanhar torcida aqui fora. Infelizmente o dialeto do BBB14 a prejudicou com o seu palavreado de baixo calão.

Em uma conversa animada no quarto do líder a Aline confessou ter visto os grandes "possuídos" de um dos participantes (parece que do Diego). Sinceramente o dedo do Boninho deve estar no meio dessa descontração inicial.

Tipo assim: o bagulho dos papos está ferindo nossos ouvidos.

A Bela participante está preocupada em consertar o buraco do mundo fincando uma estaca doa a quem doer.

Os preferidos morreram pela boca, por isso, às vezes é melhor calar.

ESCUTE...depois lave a orelha!!!!



POEMA-ORELHA
Carlos Drummond de Andrade
Esta é a orelha do livro
por onde o poeta escuta
se delem falam mal
                ou se o amam.
Uma orelha ou uma boca
sequiosa de palavras?
São oito livros velhos
e mais um livro novo
de um poeta inda mais velho
que a vida que viveu
e contudo o provoca
a viver sempre e nunca.
Oito livros que o tempo
empurra para longe
              de mim
mais um livro sem tempo
em que o poeta se contempla
e se diz boa-tarde
(ensaio de boa-noite,
variante de bom-dia,
que tudo é o vasto dia
em seus compartimentos
nem sempre respiráveis
e todos habitados
              enfim.)

Não me leias se buscas
flamante novidade
ou sopro de Camões.
Aquilo que revelo
e o mais que segue oculto
em vítreos alçapões
são notícias humanas,
simples estar-no-mundo,
e brincos de palavra,
um não-estar-estando,
mas de tal jeito urdidos
o jogo e a confissão
que nem distingo eu mesmo
o vivido e o inventado.
Tudo vivido? Nada.
Nada vivido? Tudo.
A orelha pouco explica
de cuidados terrenos:
e a poesia mais rica
é um sinal de menos.

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