quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O que há de errado?

Paredão Retrô



Pronto! O Coelho endoidou de vez!

Já se prende o bicho em uma cela bem pequenininha para evitar "boneco", mas quando foge e fuma (esse negócio de cigarro é confusão na certa) o bagulho de uma cenoura estragada. Ele fica impossível!



Começando pelo campeão Fael que nessa edição tem o Marcelo como sua reencarnação com uma simples diferença. No início do BBB12 Fael era considerado carta fora do baralho e inimputável. Já Marcelo apresenta-se como uma ameaça para o grupo. Talvez até inconscientemente os outros participantes encontrem nele as características de campeão: engraçado, bem parecido, gentil e com senso esportivo. Fenótipo que destoa da maioria dos viventes da casa que apresentam a futilidade como marca registrada.(sem juízo de valor das pessoas, apenas das personagens lá dentro)

A segunda emparedada Angélica Morango foi protagonista de uma batalha homérica em sua participação com Marcelo Dourado. Essa admito que foi corajosa ao, apesar de estar sob efeito de álcool, fazer incursões para tentar beijar a musa daquele programa, a Cacau. Juntamente com Jean Willys foram os 2 participantes mais próximos de tratar o debate contra homofobia de forma mais equilibrada, mas agora isso é história. Na versão light encontramos a Princy, longe do embate ou de bandeiras a moçoila ganha fôlego no BBB14 ao entrar na berlinda costumeiramente e voltar. Esse é seu segundo paredão, e no rumo que se apresenta, voltará e acenderá uma luzinha vermelha na cabeça de seus detratores. Poderíamos defini-la como uma pessoa bem articulada, que assim como Marcelo, assusta seus colegas de confinamento com  seu perfil menos "pit girl".

Até agora o coelho foi bem! Mas que parada é essa que fumou para encontrar a Fani no BBB14?

"- Primeiramente, para de dizer que eu estou fumando, caso contrário, esse DIERBY vem aqui tomar minhas cenouras à força...Deuzulivre! Segundo a Vanessa pode nem parecer muito com a Fani de frente, mas de longe e de costas são gêmeas univitelinas...nhec, nhec, nhec."

Nossa emparedada Fani, marcou sua trajetória (ano passado não conta) pela espontaneidade. Chocou o Brasil com sua liberdade sexual e com a construção de um triângulo amoroso com Diego (o verdadeiro não o DIcotina) e Íris. No seu retorno no BBB13 tentou fugir do estereótipo de mulher objeto e mostrar outros atributos para sua personagem. Agora Vanessa é ativista defensora dos animais, vegetariana (não vegana) e participou do ato no Instituto Royal.

A garota entrou no programa recheada de credenciais que demonstram que qualquer pessoa pode tentar mudar o mundo com seus ideais. Repetidamente destaca que não quer ser reconhecida por seus atributos físicos (e que atributos por sinal - para coelho machista dos infernos) e sim pelo seu conteúdo. Infelizmente, pelo andar da carruagem, ela não terá tempo de construir essa imagem e amealhar o prêmio para construir uma clínica filantrópica para animais.

Nossa heroína arriscou-se demais ao beijar cinematograficamente a Rainha CLARENERYS TARGARYEN, a Primeira de Seu Nome, Rainha dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhora dos Sete Reinos e Protetora do Território; Khaleesi dos Dothraki, chamada DAENERYS NASCIDA DA TORMENTA, a NÃO QUEIMADA e MÃE DOS DRAGÕES. Aparentemente, a personagem da série de TV "Guerra dos Tronos" personificada em Clara, fantasminha, tratou de queimá-la com seu dragões que esconde sob o silicone.

Navegar em mares bravios sem colete salva vidas, especialmente na primeira semana de BBB, é uma atitude pouco inteligente (digna do Portuga) e fadada ao insucesso em nossa sociedade atual.

Uma explicação pode ser encontrada no vídeo intitulado "O que há de errado com a nossa cultura?". Que foi transcrito, abaixo, uma parte que pode remeter ao moralismo do telespectador ao comentar um beijo gay ou uma cena de edredom... 
“o que parece ser o real sentido da vida, aquilo para que as pessoas correm para casa, é assistir a uma reprodução eletrônica da vida. Não pode tocar-lhe, não tem cheiro e não tem gosto. Poderíamos pensar que ir para a casa numa cultura materialista robusta seria chegar para um banquete colossal ou uma orgia de fazer amor ou um motim de música e dança. Mas não é nada desse gênero. Na verdade, acontece esta contemplação completamente passiva de um ecrã cintilante. Podemos ver quilômetros e quilômetros de casas às escuras com esse pequeno ecrã eletrônico a cintilar no recinto. Populações inteiras isoladas a assistir a essa coisa. E assim, sem real comunhão uns com os outros. E esse isolamento das pessoas num mundo privado e individual, trata-se verdadeiramente da criação de uma multidão abrutalhada. E então, não nos encontramos uns com os outros, exceto para expressões públicas de libertar a nossa hostilidade. E, mesmo em espetáculos vistos na televisão, é perfeitamente adequado expor pessoas à luta e a matarem-se uns aos outros. Mas - oh céus não! – não pessoas a amarem umas às outras. Isso não. Exceto de uma forma comedida. Alguém pode facilmente concluir que o pressuposto subjacente a isto é que expressões de amor físico são muito mais perigosas do que expressões de ódio físico. E parece-me que uma cultura que tem esse tipo de suposição é basicamente louca e dedicada - involuntariamente mas ainda dedicada - não à sobrevivência, mas à destruição da vida".   
A beleza de programas como o BBB é permitirem que cada telespectador tenha a liberdade de escolha. Escolha de participantes, escolha de uma lente epistemológica e filosófica, escolha de assistir ou não, escolha de debater ou não...

Agora monocraticamente, despoticamente, ditatorialmente ou BELLAmente é instituído que a única escolha que deve prevalecer a escolha da diversão, do entretenimento e da amizade.

A verdade absoluta é uma mentira inconteste!
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"Vanessa venha pra cá e salve um coelho que vive acorrentado e cheio de nós nas orelhas!!!" (Discurso de eliminação de Pedro Bial) 
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Se você chegou até aqui merece um beijo! SMACKKKKKKKKK!!!!!!

"Poema tirado de uma notícia de jornal"


João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número

Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

BANDEIRA, Manuel. "Libertinagem". Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1966.

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