Adrilles em meio a um Furacão sem precedentes foi dragado para o País das Maravilhas. (kicoisa Coelho tá confundindo a estrada dourada... mas vamos lá).
Ao cair nessa terra encantada persegue um Coelho assustado que vive com um olho na mão, um tal de Coelho Bial.
O coelho guia Adrilles entre as paredes da casa e o coloca em armadilhas mil.
No começo da viagem encontra com o Chapeleiro Maluco que vestido com uma carta de baralho ofereceu um chá de cogumelos que nosso Adrilles tomou e enlouqueceu. Uma espécie de hipnose tomou conta de nosso herói que o seguia de um lado para o outro no BBBudiland. Em alguns momentos sentia-se grande e em seguida pequeno. Aparecia ali uma das crises de Adrilles: o dilema do adolescente. Seria ele suficientemente grande para vencer o programa?
Aproxima-se da Rainha de Copas que não tem escrúpulos para decepar cabeças e junto com uma largata que fumava narguile recebeu conselhos que o retiraria dos trilhos do bem e o encurralaria em uma louca paixão pela Rainha Branca Comires.
Atravessando os espelhos da casa percebe que esse mundo é resultado da ação do eu e de seu reflexo a partir da coercitividade de regras e de um embaralhado jogo de xadrez, Andando em voltas e não chegando a lugar nenhum percebe que está sobre um grande tabuleiro e cada movimento seu é resultado ou reflexo de uma estratégia.
Nesse percurso cheio de desafios e provações tentar chegar ao grande prêmio enquanto desenvolve loucas conversas e canções intermináveis. Adrilles passeia em busca de sua autodescoberta Sartriana enquanto critica seus colegas poetas e cria uma charada léxica para seus espectadores.
Esse é Adrilles no País das Maravilhas, um herói que amadurece preso a um amor platônico que ainda pode resultar em seu cadafalso. O caminho de tijolos amarelos até a final é longo, mas Adrilles turbinado por sua poesia em loop infinito para sua estimada Dulcinéia pode conseguir com uma pitada de sorte plus size.
E uma poesia que dele poderia sair dentro de um BBB... escrevo:
Jaguadarte
Era briluz.
As lesmolisas touvas roldavam e reviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.
"Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Fefel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassura!"
Ele arrancou sua espada vorpal
e foi atras do inimigo do Homundo.
Na árvore Tamtam ele afinal
Parou, um dia, sonilundo.
E enquanto estava em sussustada sesta,
Chegou o Jaguadarte, olho de fogo,
Sorrelfiflando atraves da floresta,
E borbulia um riso louco!
Um dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem, vem-vai, para tras, para diante!
Cabeca fere, corta e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.
"Pois entao tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!"
Ele se ria jubileu.
Era briluz.
As lesmolisas touvas roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.
As lesmolisas touvas roldavam e reviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.
"Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Fefel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassura!"
Ele arrancou sua espada vorpal
e foi atras do inimigo do Homundo.
Na árvore Tamtam ele afinal
Parou, um dia, sonilundo.
E enquanto estava em sussustada sesta,
Chegou o Jaguadarte, olho de fogo,
Sorrelfiflando atraves da floresta,
E borbulia um riso louco!
Um dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem, vem-vai, para tras, para diante!
Cabeca fere, corta e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.
"Pois entao tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!"
Ele se ria jubileu.
Era briluz.
As lesmolisas touvas roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.
- Tradução de Jabberwacky de Lewis Carroll por Augusto de Campos
fonte: http://www.albertomesquita.net/am/moleskine/EraBriluz.html