quinta-feira, 26 de março de 2015

Fim BBB15

CHEGANDO AO FIM...
E o BBB15 está terminando... Terminando de forma melancólica! Não consigo tecer críticas severas a nenhum dos quatro remanescentes. Sempre me interessei muito pela análise comportamental dos confinados, procurando entrever nuances de sinceridade e generosidade, estratégias inteligentes ou simplesmente a capacidade humana de adaptação e resistência a uma situação de convívio obrigatório com pessoas estranhas em busca de um valioso prêmio.



Nunca lhes julguei o caráter! Vimos, em outras edições, Dr. Gê e Alberto Cowboy cometendo atos incompreensíveis de conchavos abertos e quase sádicos e jamais poderíamos afirmar que sejam homens de má índole. Não os conhecemos! Ficamos conhecendo apenas suas reações sob pressão, diante de situações que lhes pareciam insuportáveis e injustas. E assim, temporariamente incapazes de avaliar as conseqüências de seus atos, fizeram Jean e Alemão campeões.
Coloco Fernando nessa categoria, embora muitos degraus abaixo da força dos “vilões” citados. Se vilão é, Fernando o é de si mesmo.

Arquiteta planos de ação contra aliados antigos, mas o medo, seu companheiro inseparável, mantém esses planos no campo teórico. Não consigo enxergá-lo como má pessoa, mas apenas como um menino grande, perdido e preso na teia de estratégias mirabolantes nunca postas em prática. Falta-lhe tudo para ser um bom jogador: coragem, audácia, força, firmeza, inteligência emocional e auto-controle passaram longe do Fernando!

De Amanda eu me compadeço! Todo e qualquer prêmio que possa a vir a ganhar deveria ser inteiramente empregado em sessões intensivas de terapia, para que possa aprender a se amar, se respeitar e se valorizar e, depois disso, somente depois disso, ter condições de se relacionar com alguém como um ser humano completo!

E Cezar? Quem é Cezar? O que é Cezar? Uma versão caricatural de Max, “o jogador estratégico!” Recortou e colou pedaços dos comportamentos dos seus ídolos em BBB e assim montou o seu próprio. São evidentes seus desejos de projeção artística e política. Falta-lhe qualquer senso de auto-crítica que lhe dê a mínima percepção de que canta mal e se comunica de maneira esdrúxula. Extremamente vaidoso, considera-se perfeito em tudo o que faz, inclusive como participante do BBB. Julga-se paladino da justiça, em nome de seus princípios, que vejo como incompreensíveis ou, no mínimo, contraditórios, como ele próprio.

E temos Adrilles, que abracei desde o princípio, mas no qual não vejo sinal de perfeição. Enxergo nele o que ele diz ser: orgulhoso de seus dotes intelectuais, complacente e algo preconceituoso com quem não os possui na mesma medida, prolixo demais, de convivência difícil, mar interior revolto e insatisfeito, obsessivo em sua busca por amor e cuidados. O que me leva a abraçá-lo ainda agora? A exposição verbal contínua de suas fraquezas, o reconhecimento explícito de seus defeitos, a ausência total de maquiagem. A ele também faltam a audácia e a força de um campeão. Abraço então a fraqueza confessa de um homem em constante busca por si mesmo, que aprendeu a compreender e se sensibilizar com as fraquezas alheias.

Por: Ivy S

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