quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Dia do Nordestino



Foto: Açude Castanhão




Arriégua! Oxente bixim! Macho véi! Má! Botar boneco! Rebolar no mato! Arretado!Cabra da Peste! Mais "ferruado" que um preá dentro de uma lata! Leruaite! Mungango! Abestado! Fulerage! Deixa de frescura! Buliçoso! Requenguela!Muriçoca! Porreta! Idiossincrasia idiomática apoplética de um regionalismo esculhambado! De força improvável! De um facão amolado e um coração colossal! Dourado pela luz do sol! Que seca a terra, que rouba a água, mas alimenta a coragem e fortalece o braço! Trabalho, coração, inteligência, suor, amor, criatividade, martelo, aliança, caneta, construção, beijo, arte...

Poderia escrever milhões de regionalismoS para elogiar esse povo varonil...mas não.... vou apenas dizer:

"BEIJINHO NO OMBRO, CARNIÇA!"
SOU NORDESTINO, EU ACREDITO!

O Poeta da Roça
Patativa do Assaré


Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio

Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola
Cantando, pachola, à percura de amô

Não tenho sabença, pois nunca estudei
Apenas eu seio o meu nome assiná
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
E o fio do pobre não pode estudá

Meu verso rastero, singelo e sem graça
Não entra na praça, no rico salão
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu peito

E para completar....Mara não sairá!!!!! E o The Voice quem "assistirá"???!!!!

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