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| Pierre Bourdieu |
Deixe-me levá-los para as profundezas dos campos de morango onde nada é real.
Somos consumidores de BBB há anos.
Nascemos nesse mundo, que alguns chamam de BBBlogosfera, capitaneados por sistemas de comentários como Echo, livefyre, Disqus e blogueiros que conseguem potencializar o sucesso e o miasma dos participantes dentro do programa.
Ficamos taçados com o programa por 3 "curtos" meses enquanto somos tachados de alienados consumidores de um circo de horrores que compromete a moral e os bons costumes da sociedade mundial.(UFA!!! Sem vírgula essa frase fica impossível de ler)
Essa droga de programa nos torna marginais em uma SÓciedade hipócrita que: defende traficante, que defende charges politicamente incorretas e, ao mesmo tempo, policia e ataca fulminantemente a fala misógina, racista, anti-ambiental de pessoas "comuns" em seus twitters. Ah! Mas é diferente...Realmente é diferente...o igual é a violência que somos capazes de realizar sob a desculpa do que é correto. Quero de volta os meus Trapalhões!
Essa semana nossa amiga Amanda nos brindou com um texto: http://oculosebatom.com.br/que-eu-falo-quando-eu-falo-sobre-big-brother-brasil/ , que resgata 1984, de George Orwell, e nos enche de orgulho de sermos aBBBduzidos nesse período.
Atrevo-me a avançar um pouco mais e dizer que não existe verdade que se origine de um substantivo, no máximo pode-se identificá-la por intermédio de relações (BOURDIEU, 1989). Essas relações são dinâmicas das quais destacam-se: o contexto, o ato, o agente, a agência e a intenção (EVERETT, 2002; HEPP, 2006).
Essa relações lideradas pela intencionalidade e imersas em um contexto transacional transfere o poder para os indivíduos e justifica suas ações dentro desse universo (EMIRBAYER, 1997; PROCOPIUCK, 2014). Aqui o contexto não pode ser dissociado da estrutura. Se assim o fizermos estaremos apenas com abstrações vazias que não têm representatividade de um todo, nem tampouco de uma parte. Temos apenas nada.
No caso dos "BBBs" suas ações dentro da casa não guardam relação com suas atitudes fora desse ambiente.
(Já deve ter macaco pensando: esse porco está querendo defender bandido!)
Longe... desse blogueiro...defender alguém.
Na verdade estou tentando mostrar através de uma teoria - a Teoria da Prática epistemologicamente suportando-se no realismo crítico de habitus, capital e campo (PORTER, 2000; PROCOPIUCK, 2014) - que as personagens dentro do BBB são apenas personagens quando os mesmo saem daquele habitat seu comportamento é totalmente modificado. Ao mesmo tempo nosso comportamento de juiz vouyuer é restrito a BBBlogosfera não se estendendo, na maioria das vezes, para o mundo real (aqui considerado como o mundo fora do virtual).
Enfim, nesse nosso espaço temos a liberdade total de criticar quaisquer dos participantes do BBB sem culpas. Nossas paixões cegas, quase políticas, são permitidas sem medo de ser feliz. As discussões aqui não serão censuradas, exceto se extrapolarem o tênue limite do aceitável.
(Mas seu porco...Qual o tênue limite do aceitável?)
Simplesmente...pense no aceitável como o momento no qual em uma discussão com o espelho você se sentisse magoad@ ou ofendid@...Como em qualquer regime democrático os casos omissos serão avaliados "coletivamente" pela pessoa do moderador que estiver on-line.
Não existe limite para a diversão!!!!
PS.: Esse ano este blogueiro não terá tempo suficiente para permanecer e, principalmente, produzir textos suficientes no "timing" que o livefyre necessita. Por esse motivo teremos mais duas cavernas alternativas...uma já conhecida do musicbox da madrugada...e a outra que será usada em uma emergência da emergência.
PS2.: Peço a ajuda de todos com contribuições de post para que publiquemos.
Strawberry Fields Forever
Beatles
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