Acho que o coelho aqui vai acabar no paredão.
"Garrou" implicância com a Sra. Mariza pelas atitudes dela nos últimos dias. Sugeriu que seria a primeira a desistir na prova do líder.
Mas dizem que coelho sempre deixa uma cenoura escondida... ou para comer ou para atacar seus oponentes... e ele deixou nas entrelinhas que ela poderia queimar sua língua.
O coelho está com a língua queimada!!! IEI!!!!!
Mas isso não é tudo! A alegria generalizada pela vitória da professora antítese dos participantes do BBB pode ser sua derrocada. Suas posição a colocará na alça de mira dos "brothers", principalmente se ela for cooptada pela loucura do Alinão (2014) encarnada na Fran (2015).
Fran desperta o de mais negativo na Mariza. O lado negro de eterna insatisfação da professora. Reclama do frio, da sujeira, da nudez e esquece que fumar é tão perturbador quanto.
No duro, no duro, fiquei feliz pela vitória de Mariza. Penso que é um grande passo para o crescimento dos patinhos feios da nossa história.
Deixo patente que a campanha contra Luan e Douglas mesmo que não seja racista é desleal.
Michelângelo ao construir a estátua de Davi disse simplesmente tirou dali o que não era Davi. Ou seja, a vitória nesta prova nada mais é do que fruto do trabalho da equipe do carro azul. Ela apenas foi premiada e pronto.
Não sei se foi Aristóteles ou o "budegueiro" que disse: "Quer conhecer uma pessoa? Dê poder a ela!"
Pois bem....espero que tenha sido apenas um má impressão...e estejamos na frente de uma nova Cida cult.
Esta Velha Angústia
Esta velha angústia,
Esta angústia que trago há séculos em mim,
Transbordou da vasilha,
Em lágrimas, em grandes imaginações,
Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror,
Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.
Transbordou.
Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!
Se ao menos endoidecesse deveras!
Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este poder ser que...,
Isto.
Um internado num manicômio é, ao menos, alguém,
Eu sou um internado num manicômio sem manicômio.
Estou doido a frio,
Estou lúcido e louco,
Estou alheio a tudo e igual a todos:
Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura
Porque não são sonhos.
Estou assim...
Pobre velha casa da minha infância perdida!
Quem te diria que eu me desacolhesse tanto!
Que é do teu menino? Está maluco.
Que é de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano?
Está maluco.
Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou.
Se ao menos eu tivesse uma religião qualquer!
Por exemplo, por aquele manipanso
Que havia em casa, lá nessa, trazido de África.
Era feiíssimo, era grotesco,
Mas havia nele a divindade de tudo em que se crê.
Se eu pudesse crer num manipanso qualquer —
Júpiter, Jeová, a Humanidade —
Qualquer serviria,
Pois o que é tudo senão o que pensamos de tudo?
Estala, coração de vidro pintado!
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Esta angústia que trago há séculos em mim,
Transbordou da vasilha,
Em lágrimas, em grandes imaginações,
Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror,
Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.
Transbordou.
Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!
Se ao menos endoidecesse deveras!
Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este poder ser que...,
Isto.
Um internado num manicômio é, ao menos, alguém,
Eu sou um internado num manicômio sem manicômio.
Estou doido a frio,
Estou lúcido e louco,
Estou alheio a tudo e igual a todos:
Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura
Porque não são sonhos.
Estou assim...
Pobre velha casa da minha infância perdida!
Quem te diria que eu me desacolhesse tanto!
Que é do teu menino? Está maluco.
Que é de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano?
Está maluco.
Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou.
Se ao menos eu tivesse uma religião qualquer!
Por exemplo, por aquele manipanso
Que havia em casa, lá nessa, trazido de África.
Era feiíssimo, era grotesco,
Mas havia nele a divindade de tudo em que se crê.
Se eu pudesse crer num manipanso qualquer —
Júpiter, Jeová, a Humanidade —
Qualquer serviria,
Pois o que é tudo senão o que pensamos de tudo?
Estala, coração de vidro pintado!
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
(http://www.citador.pt/poemas/esta-velha-angustia-alvaro-de-camposbrbheteronimo-de-fernando-pessoa)
THE GAME MUST GO ON!
