O improvável OU
Nasce um cavaleiro em corpo d'ouro
Entrando no reino do impossível choro
Para liderar uma mudança tosca
No jeito louco de se falar do morro
Estereótipo do ser culto esnobe
Escarafunchando verbetes punks
Para destilar sua verborragia
Em um estridente ecoar de serra
O incauto ouvido de quem o escuta
Ou encantado ou revoltado externa
Acreditar que o arcaico existe
É filosofar sobre anjo e sexo
A rejeição que aqui se espera
Será a porta que o põe pra fora
Ou a espada que defende os fracos
Na incredulidade de quem faz novela
O BBB15 realmente nasce diferente em sua essência.
Em um post anterior bebi em Bourdieu para defender que a vida na casa deve ser efêmera e as personagens que os participantes encarnam desaparecem ao término do programa pela separação do ambiente que lhes confere poder. Hoje o resgato novamente levando-o para o seu pensamento original da ação da televisão sobre os nossos cérebros.
Será que o bombardeio dos últimos dias nos sugestionou a acreditar que esse BBB seria diferente?
Não sei, não quero saber e ficarei chateado com quem sabe. Deus me livre de descobrir que Papai Noel não existe.
Um jogo muito comum na época dos processadores Z80 eram os adventures. Jogos caracterizados pelos múltiplos caminhos que o jogador poderia seguir até chegar a diversos finais alternativos. O BBB é um jogo desse tipo comandado pela audiência que vota, ou seja, o público é que escreve a história.
E isso infelizmente não mudou. O formato de votação privilegia a uns poucos... que arrebanham torcidas.... que não expressam a totalidade... porque manipulam os meios de sufrágio. O ser humano comum tão propalado nos comerciais dessa edição tem pouco peso na decisão da sequência do programa.
O BBB15 está no fio da navalha! Os participantes estão condicionados a se travestirem de pessoas comuns para agradar a chamada do programa e os apelos da produção. Até que ponto as personagens não transmitirão uma falsidade que gere antipatia.
Desses tipos comuns que mais parecem FREAKs destaca-se o nosso João do Grilo, Adrilles, que não parece encenar. Ele é chato por natureza e busca no BBB projeção para sua produção intelectual e a "ampliação de suas possibilidades sexuais e afetivas". Talvez o Florentino Ariza desse programa pode está pecando pelo excesso de intelectualidade vazia. Sinto um cheiro de luta por território com Marco em um campo perigoso de discussão: o Religioso.
Marco apresentou-se para todos afirmando que possuía informações privilegiadas e isso nunca funcionou. As semelhanças dele com o Dr. Marcelo assustam porque a tendência ao surto é grande. Dr. Marcelo tentava se apoiar no papel de homossexual e Marco começa com uma ladainha religiosa interminável.
Angélica destaca-se das participantes porque aparentemente é macho alfa, ou seja, tem liderança primal e as demais moçoilas devem gravitar em sua órbita. Infelizmente a minha impressão inicial da participante é que ela está em uma tentativa de vitimização desnecessária.
Douglas é a Anamara desse BBB em um cruzamento com o Gago...gatinha assanhada c tá querendo o q?
Thalita parece ter mais afinidade com o grupo dos homens ou percebeu que na primeira semana um afastamento pode representar o fim. Mal sabe ela que, normalmente, as mulheres votam mais por afinidade.
A proposta do programa é sociológica e antropológica (BY MARCOS, MARIZA E ADRILLES), até concordo, mas se esse grupinho começar a achar que tem uma responsabilidade maior em mudar a cara do programa...a desilusão pode ser rápida.
Os demais ainda não disseram nada...opa o Cézar é economista, ADEVOGADO e trabalha na roça.
Enfim precisamos ser radicais no BBB15...e buscar as raízes do programa...mesmo que tenhamos que tentar as poesias metafísicas do ADRILLES.
THE GAME MUST GO ON!