sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Em que pé estamos???





É pena! A edição que começou turbinada (na concepção da direção, é claro!), passou a teco-teco, carro popular, daí a maria-fumaça, depois carrinho de mão e agora, no máximo, mostra ser um par daqueles tênis infantis com luzinhas pisca-pisca. Decepção! Decepção ver tantos jovens de nossa geração, na maioria fascinados pelo culto ao corpo, seu maior bem, dormirem grande parte do tempo ou ficarem literalmente jogados pela casa, fisicamente apáticos, trabalhando com afinco apenas a língua viperina, que se compraz no leva-e-traz e na maledicência.

Como nos envolvermos emocionalmente com esse "reality show", que nada tem de "show" e que, tendo algo de "reality", nos deixa consternados?

De um lado temos um grupo unido por empatia (ah, Srta. Ângela, se fosse realmente letrada, conheceria o significado e a importância dessa que pode ser a predecessora de grandes amizades e até mesmo de grande amores) e afinidade na pequenez, formado pelo pseudo casal lésbico Clara e Vanessa, a carente e patética Aline, a recalcada (sim, este é o termo exato) Ângela e Fran, a pílula ansiolítica de Diego! Esse grupo é feroz e, lá dentro, poderoso.

De outro lado, temos Marcelo, vivendo em seu mundo cor-de-rosa de amores inexistentes, Polly, a menina brincalhona e burrinha, e Roni, o ditador de regras e comportamentos. Esse grupo, fraco na casa pela inferioridade numérica, se tornou fraco também para muitos dos fãs do programa, já que Marcelo se perde em devaneios adolescentes, Roni adquiriu a fama de machista e o público não desvincula dele a imagem de Polly.

Temos ainda Diego! Temos Diego? Raramente o vemos acordado e, quando desperto, nos brinda com mau-humor e grosserias gratuitas dirigidas à parceira alma gêmea ou a quem mais ousar contrariá-lo!

Slim também mora lá! Quem é Slim? O que é Slim? Não é votado lá e não é considerado aqui, motivos que podem levá-lo à final sem ter feito para isso o mínimo esforço.

E temos Cássio! O menino grande, inteligente, observador, que se vê constantemente cerceado nas brincadeiras (muitas delas irritantes no convívio diário, sem dúvida!), humilhado e admoestado por motivos vários entre os quais predomina, a meu ver, o desejo de impedi-lo de se destacar aos olhos do público.

Qual deles será o escolhido para ganhar 1,5 milhão de reais? Qual deles merece? Algum deles ainda nos emocionará a ponto de pensarmos que valeu a pena ter acompanhado o BBB14?

Colaboração de: Karmen Mir

“Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”

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