sábado, 8 de março de 2014

O Muro



O que você faz atrás do muro?

“Ninguém nasce mulher. Torna-se mulher.”


“Ninguém nasce mulher. Torna-se mulher.” (Simone de Bevaouir)

O sonho de grande parte das mulheres é conceber um filho.

Na imagem, a partir de 12 semanas, um bom ultrassonografista pode apontar o sexo com grande probabilidade de acerto. Com 16 semanas as chances do médico errar são mínimas. E esse pode ser o segundo grande choro de emoção do casal após a gravidez.

E como mero observador, leigo, entendo que a maioria das mulheres vibram muito mais quando escutam que um dos filhos é mulher. Por quê? Porque podem "corrigir" ou projetar suas alegrias e decepções naquela criança. E poderão pentear e vestir como faziam com suas bonecas na infância. Sem contar que terão companhia no "shopping" e no "salão". (ARGHHHH!!!! Coelho vou ali vomitar com esse seu comentário machista)

Sabe!? Se isso é verdade, mentira ou mentira hipócrita...não sei! Mas é uma opinião e cada um pode ter a sua! Entendo que muito mais do que gênero precisamos remodelar nosso sistema de cultura e valores (ARGHHHHH!!!! Odeio esse seu sarcasmo irônico coelho louco!).

Entretanto o resultado que encontramos na modernidade é uma mulher muito mais masculinizada e um homem mais afeminado, no que tange aos aspectos culturais. em resposta a pressão coercitiva majoritária que tende a modular o modelo mental dos indivíduos (Tentou esconder o machismo ao tentar evitar usar o termo "politicamente correto"...mas não conseguiu!).

Temos então uma mulher multi-tarefa que trabalha 3 expedientes que tenta esconder sua postura machista através de comportamentos, muitas vezes, incoerentes. Assim caminha a humanidade...e conviveremos com isso até que entendamos que a melhor forma de evoluir é tentar debater ideias e não manter posições rígidas dentro de paradigmas de verdade (Coelho...chato...hoje é dia das mulheres!)

Ah! Nem vem que não tem! Mulher é possuir um aparelho genital feminino? Independente de seus valores? Ser mulher é muito mais do que uma conduta social. Ser mulher é ter personalidade. Ser mulher é algo pouco friável, é uma abstração, é um sonho que não pode ser definido por ninguém; apenas pela própria mulher.

E dia da mulher é mais um apelo comercial, um dia para a esposa reclamar que o marido esqueceu, um dia para receber poemas e nada mais. E os outros 364 dias do ano, se o ano não for bissexto 365, o que fazemos para entender a mulher?

(E onde está o BBB nessa história...Coelho Porco Chauvinista?)

O BBB14 está na definição de mulher. Não se pode definir uma mulher. Não se pode decifrar a esfinge. Não se pode entender um Deus. Não se pode encontrar a perfeição. Não se pode invadir o Paraíso. (Fumou...coelho?) Pois é não chegaremos a um consenso. Porém, entretanto, todavia e mas podemos delimitar o que não é ser mulher.

E as personagem Clara, Vanessa, Ângela e Aline personificam as mulheres mais misóginas que já conheci. O efeito deletério sobre as conquistas feministas dos últimos anos é absolutamente claro na ação dessas donzelas em perigo. Para exemplificar: a atitude da Aline em provocar uma discussão com Marcelo, e premeditadamente o agredir, esperando uma reação e uma condenação já que o homem tem pelo menos 3 vezes mais força que a mulher - agora eu sou o machista? -foi a coisa mais torpe da televisão brasileira [ Odete Roithman se remoeu no túmulo ].

E para emprestar leveza ao post preciso comentar a leveza de uma personagem que está longe da mulher ideal. Até porque não existe mulher ideal. Mas é a mulher desse BBB - a Gertrudes de Drummond. Cada dia consegue superar em pureza. Uma doce simplicidade brejeira que desperta o sentimento paterno, materno, fraternal  e também libidinoso de qualquer ser humano. Falamos da mulher polinômio, daquela samambaia que enfeita e encanta o ambiente, que paulatinamente vai ganhando prêmios, com sua sorte de campeã, e simpatizantes com seu jeitinho despretensioso.

Assim parabenizo Tatiele Poliprêmios em nome de todas as mulheres que embelezam e constroem a cada dia um mundo melhor e tornam-se cada vez mais mulheres. (Pronto!!! O coelho agora ficou piegas).

Mulher é quem se reconhece Mulher (by EOV)

THE GAME MUST GO ON

Diego para as mulheres



DIEGO É UM HOMEM AOS TRANCOS E BARRANCOS.
Sim, um homem aos pedaços. Que parece lutar diariamente para juntar os cacos e tentar formar algo que tenha serventia, que não vaze o conteúdo. Diego é, acima de tudo, um lutador.

Quando vejo Diego, parece-me que estou vendo um filme de Martin Scorsese. O cineasta americano, melhor do que ninguém, consegue pôr na telona vários homens bem ou mal sucedidos que tentam humilhantemente disfarçar a fragilidade emocional que habita em cada um. Não é a frieza dos homens de Clint Eastwood, nem a amargura dos westerns de Sergio Leone. Os homens de Scorsese são aqueles que lutam contra eles mesmos, para não enfrentarem o poço de insegurança que na verdade são. Tentar entender Diego é mergulhar nos ringues onde Jake LaMotta (Robert DeNiro em Touro Indomável) preferia lutar contra adversários físicos do que enfrentar sua angústia de existir para além da luta. Não à toa, a “droga” de LaMotta era fama e o dinheiro proveniente de suas lutas (mera coincidência com Diego?). Tentar entender Diego é embarcar numa viagem tresloucada pela megalomania de Howard Hughes (Leonardo DiCaprio em O Aviador), tão garboso e elegante que mal se continha na sua mente a sanha por se limpar, se limpar, se limpar....Do que se limpava o Sr. Hughes? O que havia de tão sujo no Aviador que o fez quase chegar à loucura? (O que há de tão obscuro em Diego, que o empurra a dormir, dormir, dormir.....mera coincidência?).

Na final do BBB11, quando Bial se referiu a Wesley, disse-lhe que para o médico que enfiava as pestanas nos livros de medicina, faltava uma lição: a lição de rua. Não se dá pra falar o mesmo de Diego. Em matéria de “LIÇÃO DE RUA”, Diego tem mestrado e doutorado. Caminhou por vias tortas e por poucos momentos, teve os pés calçados. Diego então ficou calejado. Até demais. Cheio de cicatrizes, Diego aprendeu a se esconder. Aprendeu que a única defesa que lhe cabia em um mundo cão, como ele viveu, é o silêncio, o escamoteamento das emoções, do desejo de felicidade e crescimento pessoal. Diego é um ouriço. Dócil até a página 2. Criar intimidade com o ouriço pode trazer a falsa segurança da aproximação. E quando nos aproximamos sem aviso prévio do ouriço....

Falar do Diego que está no BBB é pensar sobre como o passado engendrou aquela gelatina emocional escondida em espinhos. E essa análise passa obrigatoriamente pela escolha às drogas que Diego fez um dia na sua vida. Muitos estudiosos do comportamento defendem que as toxicomanias supõe para o dependente químico, uma organização narcisista muito primitiva, caraterizada pela indiferenciação entre o que é Eu o que é objeto, aproximando a toxicomania da simbiose, do autismo, etc. Trata-se de conservar o princípio do prazer e de defender os objetos da intromissão da realidade externa. Na história real do toxicômano, é muito comum existir um vínculo frustrante com a mãe (ou quem cumpriu essa função) em períodos muito precoces da vida. Essa carência real corrobora uma vivência de mãe interna INTOLERANTE à mudanças de humor do filho: o bebê aprende a se satisfazer com substitutos do seio materno, MAS SEM ELABORAR UM LUTO PELO SEIO MATERNO PERDIDO. 

Não sei como foi a relação do menino Diego com seus pais para hipotetizar a situação acima. Mas a melancolia presente em Diego, a defesa que ele levantou em relação às sua intimidade e passado, e claro, seu histórico de dependência química, são evidências que apontam para uma direção: Diego sempre buscou a mãe em todas as suas relações; sempre desejou por alguém que VERDADEIRAMENTE CUIDASSE dele, alertasse para suas falhas, protegesse o menino Diego. A droga, pode sim, sem problemas, servir como uma substituta da mãe acolhedora e satisfatória que Diego sempre desejou. Talvez ele teve essa mãe, mas por pouco tempo.

Outra questão que é possível de ser levantada na relação de Diego com as drogas é da identificação com o resto. Muitos toxicômanos deixam a droga instalar-se em suas vidas na função de regente. O toxicômano toma a droga primeiramente para se sentir rei, mas termina em seguida por confundir-se com ela. O dependente não deseja a morte com seu vício, e sim aponta para a podridão, a solidão, o resto.

Muitas vezes, falar do passado, deixar que o outro encontre suas emoções e subjetividades, traz a Diego a terrível sensação de ser identificado como merda, como podre, como droga. Muitas vezes, o sujeito usa drogas pelo simples motivo de querer sinalizar para o mundo que se identifica com aquele significado.  Diego tem medo dos piores adjetivos. Diego tem medo do julgamento alheio. E tudo que fez e ainda faz (evidenciado por sua rotineira rispidez) sinaliza as tentativas dele de esconder esse temor. A abstinência não apaga tão facilmente a identificação com as drogas, não pelo uso em si, mas pelo significado e forma de atuação no psiquismo. Afinal, Freud no seu “Mal-estar Na Civilização” já afirmara que o uso das drogas é uma tentativa de solução para o mal-estar, uma forma torta de responder ao sofrimento causado pela civilização. O uso das drogas não aponta causas, aponta CAMINHOS, os possíveis de o sujeito conseguir andar.

Diego resiste a toda forma de intimidade, mas quando alguém insiste nesse sentido, ele mescla seu comportamento entre o tapa e o carinho. Assim foi com Franciele. Guerreira e persistente, Franciele aguentou bravamente os ímpetos agressivos de Diego e, em troca, obteve seus carinhos. Diego e carinhos? Como assim?

Sim, carinhos. DO JEITO QUE ELE APRENDEU, Diego soube sim demonstrar afeto por Franciele. Soube sim se mostrar íntimo com aquela que resistiu bravamente a sua agressividade. Assim, Franciele, por incrível que pareça, trazia controle a Diego, trazia uma paz, breve, mas necessária.

Diego é fiel aos seus amigos e seus ideais. Caminha com com muito jogo de cintura por entre as intrigas dos demais e não se perde com as fofocas da casa. Sabe, talvez pela via mais dolorosa, que boca fechada não entra mosquito.  Diego caminha no fio da navalha, entre a opção necessária de se manter controlado e submisso ao silêncio e a liberdade desenfreada de sentir prazer. Um prazer que lhe remete à formas obscuras de satisfação. Mas Diego não esconde o apreço pela liberdade de ser. A pipa que fez é o maior símbolo disso. A pipa simboliza o que Diego sempre desejou a sua vida: brisa!

Eu gostaria muito que uma parceria se consolidasse naquela casa: DIEGO E MARCELO. Por incrível que pareça, eu acredito que ambos têm muito a ensinar e aprender um com o outro. De formas opostas, ambos demonstram suas fragilidades, suas dores e suas entranhas. Ambos se jogaram de corpo e alma nesse BBB, talvez os únicos. Se Marcelo se expôs da forma mais aberta possível ao se humilhar para obter o mínimo de satisfação num relacionamento, Diego se expõe pela via contrária: sua tentativa de se esconder embaixo da agressividade e ignorância explícita, ele só mostra o quão destrambelhado e analfabeto emocional é. Marcelo se entrega pela inocência. Diego, pela ignorância. Marcelo se entrega pela moleza. Diego, pela dureza. Na cena de ontem, quando Diego estava ajudando Marcelo a “destrinchar um frango”, havia tanta conexão entre os dois, havia tanto esforço de um e de outro para que pudessem se comunicar no mesmo nível. E conseguiram. E foi bonito de ver. Pois não é nas cenas de impacto, nos momentos de stress ou escolha, que se consegue analisar eficientemente um comportamento. É na rotina, nas cenas mais triviais, naquelas que independem de raciocínio, de planejamento.

Diego é um homem aos trancos, aos barrancos, aos gritos, aos silêncios, aos cacos.....só quer buscar a liberdade boa de sentir, só quer ter um pouco de brisa. Só quer soltar sua pipa. Bons ventos é o que desejo para Diego.

POST: Leonel Bickle 

sexta-feira, 7 de março de 2014

Pela Fechadura do BBB



O que você VÊ?

O que falta ao BBB14?




Oras, o que falta? A resposta que nos vem imediatamente pode ser “tudo” ou “muita coisa”. Minha resposta é “FALTA TESÃO!” Faltam comprometimento, vontade, coragem, paixão, sangue nos olhos e fogo em outras partes, entrega, participação ou, resumindo, falta tesão!!

Particularmente, sou contra a formação de casais no BBB. Eu os vejo como participantes em busca de muleta, ansiosos por promover movimentos de edredom que possam alçá-los a preferidos junto aos voyeurs de plantão. Sim, somos todos voyeurs, mas não nos contentamos com tão pouco. Somos sofisticados! Queremos analisar comportamentos, desvendar personalidades, identificar caráteres...Queremos rir, chorar, queremos nos emocionar, participar, compreender e até, por que não, aprender!

Os três casais marcantes desta edição (unicamente por tempo de exposição) representam, com absoluta fidelidade, a falta de tesão que a caracteriza!

Clara e Vanessa (onde o tesão?)

Clara, a pretensa libertária rompedora de barreiras, parece só ter condições de romper o fecho do soutien, quase incapaz, o pobre, de arcar com a árdua missão de sustentar as próteses descomunais e desproporcionais ao seu corpo franzino. Clara quer que acreditemos em sua paixão por Vanessa. Eu, insensível, só vejo ali uma atuação !
Vanessa, tendo já declarado aos gritos seu desejo por um pormenor (ou maior) item anatômico não existente em Clara, se sujeita aos “carinhos” da parceira com evidente desinteresse.

Fran e Diego (1 minuto e 57 segundos de que?)

Onde os gestos de carinho? Onde a troca de olhares? A excitação? O fogo? A entrega? Nunca naquele ritual breve e mecânico tantas vezes explorado pelas câmeras e, definitivamente, nunca na convivência diária regada a ofensas e menosprezo.

Ângela e Marcelo (a resposta)

É o nada! Os outros dois casais exemplificam a falta de tesão da edição, mas este PERSONIFICA! O BBB14 é o beijo de Ângela em Marcelo!

Pobres de nós!!!!!!!

quinta-feira, 6 de março de 2014

Reinações de Bonizinho



Bonília

Hummm! O título foi um pouco forçado só pela rima e musicalidade, porque nossa história é sobre uma boneca de pano que ganhou voz: Emília Bones.

Emília Bones foi criada pelo Rei Bonifácio para substituí-lo no Reino Global das Águas Claras, onde tudo é perfeito. Durante toda a sua vida, Bonília - como era apelidado por Bialbugosa, a bonequinha foi muda. Trabalhava escondida por trás das câmeras comandando todo um arsenal de efeitos especiais, com seu pó de Plim-Plim-Plim-Plim.

Seu silêncio era dourado. Sua antipatia era empática. A boneca tinha um poder "MIDIÁTICO", tudo e que tocava transformava-se em ouro. E como não poderia ser diferente transformou em uma máquina de fazer dinheiro para Dona gloBenta o Sítio do BBB Amarelo (hoje está mais para BBB colorido). Sua capacidade de reinventar o Sítio com uma imaginação fértil e sarcástica manteve o interesse de toda a criançada que adora o BBB amarelo.

Mas não poderíamos esquecer que apesar dessa boneca "ser gente" ela pode cometer infinitos pecados sem castigo. E comete "crimes infantis como birra, malcriação, egoísmo, teimosia, mentiras e espertezas." E tudo isso piorou quando o caramujo Dr. Jack Dorsey deu voz à personagem através de seu passarinho azul (By Leonel). Pronto! Era tudo que Bonília precisava para "trolar" geral. "Não teme nada, apronta todas, e é cheia de vontades".

Livre de obrigações sociais impostas pela educação à criança, é ela quem melhor se define: quando Visconde BialBugosa lhe perguntou que criatura ela era, respondeu:
"Sou a independência ou Morte"

Dentro das histórias do "Sítio", Emília foi biografada pelo Visconde de Bialbugosa. Todo cheio de conhecimento enciclopédico, ele aproveita para dizer umas verdades sobre a boneca: "Emília é uma tirana sem coração. (...) Também é a criatura mais interesseira do mundo. (...) Só pensa em si, na vidinha dela, nos brinquedos dela".

Bonília começou apenas com seu pozinho de Plim-Plim-Plim-Plim mas ganhou tanta fama que hoje tem licença poética, liberdade quase que total, dentro do seu núcleo no Reino Global de Águas Claras. E no twitter teima em pregar peças nos incautos que não têm bom humor (trash) para gostar.

Nossa expectativa é que consiga usar sua imaginação e transformar o Marquês de Rabicó do BBB14, pelo menos em Dom Quixote, mas para isso precisará realizar os 12 trabalhos de Hércules para fazer uma Reforma na Natureza desses personagens que escolheu.

THE GAME MUST GO ON!

Adaptação de trechos da Wikipédia sobre a Emília

quarta-feira, 5 de março de 2014

A COBRAnça da Poeta



Cada dia que passa mais difícil fica torcer para qualquer um dos BBBs.

Eu procurei inspiração para escrever um verso, mas não me veio nem um lampejo de rima. Resolvi escrever um conto em prosa, mas pior ainda na minha cabeça só apareciam cobras.

Lamento! Lamentei! E estou lamentando (Acho que estou contaminado pela Amargurângela) essa edição e cada um de seu participantes. Meras serpentes que não pertencem ao convívio humano. Pior ainda! Acho que se estivessem no mundo virtual seriam alimentadas pela destruição de seus companheiros. Ou seja, seres ineptos para a Sociedade.

A produção percebeu e resolveu interferir (em quanto é tempo...será!?). Bial na eliminação acariciou uma torcida ferina que poderiam compor o elenco dessa edição sem solução de continuidade para o roteiro. No seu discurso de eliminação ele falou de Aline? Ou falava das torcidas que nem sequer estavam no paredão e foram protagonistas da saída de Fran.

Quanto mais assisto BBB, mais gosto do meus desenhos animados e menos gosto dos movimentos de manipulação de massa que assistíamos há muito pela televisão. E agora pelas mídias sociais são potencializados pelas máscaras de nicks, avatares e perfis "fake". Mas não me cabe julgar.

Não julgo mas me falta material. Falta inspiração e vontade de exprimir e imprimir sentimentos por palavras e desenhos. Esse é um problema meu! Então pedi ajuda a uma amiga poeta que consegue transformar limão em limonada, banheiras em piscinas e sangue em batom vermelho de uma mulher apaixonada (talvez uma vampira).

E qual minha surpresa? Ela mexeu no serpentário do BBB14 e descreveu cada um deles, como se fossem um, com perfeição.

Agradeço a  Kat Taibhseach pelo perfil de nossos "heróis".

terça-feira, 4 de março de 2014

O BBB indigesto...

Para quem diz que não tem estômago


Nunca assisti, e espero nunca mais ter a oportunidade de assistir, uma edição de BBB tão pobre, desde a seleção dos participantes até o trabalho da direção. Vimos erros crassos em big fone, em provas, descaso com relação ao cumprimento de regras básicas por parte dos participantes (sussurros e microfones cobertos, por exemplo), ausência de qualquer providência que pudesse tornar o jogo ao menos palatável.

Fico me perguntando o porquê dessa falta de cuidado, desse desinteresse por parte da direção. Estarão eles tão decepcionados quanto nós pela escolha do elenco? Já faturaram o bastante para não se importarem mais com a constante queda de audiência? Estarão, assim como muitos de nós, ansiosos pelo término dessa edição, que se configura como uma  malfadada novela reprovada pelo público?

Ah, antes fosse uma novela! Os autores receberiam ordens para encurtá-la rapidamente. Ao ler sobre intenções do Boni em promover um paredaço, imediatamente me lembrei de uma interessante obra de Mário Vargas Llosa, “Tia Julia e o escrevinhador”, em que um roteirista de novela radiofônica, preso nas redes de uma trama cujo desenrolar lhe escapava, resolveu promover uma viagem de avião com todo o elenco a bordo e, gloriosamente, antecipar o fim da novela e de seu desespero autoral com um acidente fatal.

Com que prazer sádico, ouso dizer, daria fim a esse martírio colocando todo o elenco a bordo de um avião que tivesse o mesmo destino trágico. Mas não! Jamais! Não estamos falando de personagens fictícios. Falamos de pessoas, todas elas com problemas particulares, erros, acertos, dificuldades de comunicação e interação com os demais, desconfianças, inseguranças e medos. Já não me sinto motivada e nem  em condições de criticá-los.

Credito à homogeneidade do elenco essa ânsia da fofoca e da intriga que os move. Como criticar frente a frente erros e falhas de comportamento que, consciente ou subconscientemente, reconhecemos em nós mesmos? Mais fácil é falar daquele com aquela e daquela com o outro, buscando amparo e apoio para nossas próprias mazelas.

Não culparei os jogadores ou o juiz. Desta vez, o culpado é verdadeiramente o técnico, que escalou todos os jogadores com características praticamente idênticas. A nós, na arquibancada, resta ficarmos entediados assistindo esse joguinho de terceira divisão ou sairmos antes do final.

Não temos mocinhos e nem vilões. O BBB 14 não nos deixará heróis como lembrança. Ficaremos com o grito de gol preso na garganta ao final do campeonato, porque o time, temeroso, descuidou-se do ataque frontal e limpo e se fechou na defesa, uma defesa sem estrutura, sem organização, recheada de comodismo, intrigas e covardia.

POST DE: KARMEM MYR

Nos enforcamos com as pedras que juntamos!




Ângela, como eu torci pra vc. Ângela, como eu quis sua vitória antecipada no jogo. Como eu me regozijei de vc desmanchando Júnior e Letícia em seus emocionados, sólidos e sinceros argumentos de que vc, DE FATO, era a maior vítima dos dois. Como sua inteligência me fez crer que, pela primeira vez, uma mulher poderia vencer PURA E TÃO SOMENTE pela sua capacidade de pensar racionalmente na construção do seu jogo. Mas havia uma pedra no caminho. UMA NÃO, TRÊS. E além das pedras, havia uma corda que te alçaria novamente para longe do lamaçal que vc havia se metido. E o que vc fez? E o que vc faz?
A psicologia sabidamente ensina que nenhuma pessoa pode ser explicada, diagnosticada, analisada e principalmente, AJUDADA, se não virmos essa pessoa em um sistema relacional. As pessoas se tornam PESSOAS quando estão em relação e podem escolher se desenvolver ou involuir nessas relações. Assim, eu tento esmiuçar Ângela na sua relação com as três pedras e a corda.

a)A 1ª pedra -> JÚNIOR. Ângela realmente se encantou pelo cabra. Nos primeiros instantes, começaram a proliferar de todas os becos da NetBBB as ditas caprichetes pelo casal. Com Ângela esbanjando simpatia e desenvoltura no jogo, ela estava com a faca e o queijo. Ângela, de fato, SE APAIXONOU por Júnior. E não foi à toa. Júnior, como todos sabem, se revelou um safado e de conduta amorosa questionável. Ao contrário do que suas palavras diziam, Ângela só fazia se envolver mais e mais por aquele homem. Mesmo que os corpos estavam separados, Ângela depositava todo seu desejo naquele comportamento cafajeste de Júnior.

Quantas vezes Ângela vociferou que só se relacionava com homens cafajestes? E que Júnior não fugia a regra?

Pois é, olhando para a resolução edípica da Ângela, eu suponho que ela nunca deixou de ser a menininha do papai. A menininha que se apaixonou perdidamente por um pai tão sedutor a ponto de ela transferir essa figura ideal para todas as relações com o sexo oposto que ela viria a ter no futuro. Homens sedutores, na sua maioria, possuem as armas mais eficazes do flerte para ter POSSE sobre suas conquistas. E quem tem posse, tem o poder de DESCARTAR quando bem quiser. Basta que sua capacidade de sedução seja posta em um novo desafio. Assim foi com Júnior, quando Letícia cruzou seu caminho.

Ângela não se desligou do seu pai e possui uma séria miopia com o sexo oposto, porque se deixa levar pela figura paternal sedutora que pode amá-la, mas não consegue enxergar que se torna DESCARTÁVEL.

Assim, a primeira pedra no caminho de Ângela a fez tropeçar humilhantemente nas contradições que ela demonstra quando se apaixona.
b)A 2ª pedra -> LETÍCIA. Quando tento enquadrar a relação que surgiu entre Ângela e Letícia, me vem à cabeça, o belo filme de Milos Forman, AMADEUS. Na história, Antonio Salieri é um sábio e competente compositor da corte do Império Romano, quando surge Amadeus Mozart, um jovem de conduta desafiadora, livre, transgressor e desmedido na sua empáfia. Com o tempo passando, Mozart só mostra o quão genial é, na mesma proporção em que cutuca a inveja e amargura de Salieri.

Mozart é como Letícia, claro guardadas as proporções. Sua liberdade em conquistar o homem que quisesse, sua capacidade de NÃO se envolver afetivamente, a maneira como ela se relacionava com seu corpo, sem nenhum tipo de convenção, etc, provocou em Ângela a INVEJA. Sim, inveja. Letícia expôs em praça pública todos os pecados íntimos de Ângela e, pior, expôs PARA ÂNGELA, roubou-lhe o homem que ela havia pintado em seu inconsciente, como seu pai, aquele do passado, tão acessível e sedutor.

Em conversa com a Íris, mais cedo, eu disse que TODOS NÓS em alguma medida, temos RECALQUE, pq este é o mais básico e comum dos mecanismos de defesa da nossa subjetividade. Não escapamos dele. Ângela não escapou dele. A DIFERENÇA ESTÁ NO CAMINHO QUE DAMOS AO NOSSO RECALQUE> podemos usar esses momentos como uma chance de olhar pra dentro e descobrir o que há no outro das minhas projeções, que ele tem e que eu gostaria de ter, mas não desenvolvi. E assim, evoluímos, porque há em todo ser, as mais variadas capacidades e qualidades humanas (Jung definiu isso de inconsciente coletivo – a casa de todos os arquétipos (ou funções humanas) que mora em todos os homens) e estas são ativadas NA RELAÇÃO. 

Entretanto, o outro caminho que podemos dar ao nosso recalque é o da INVEJA> eu odeio todos aqueles que possuem algo que é mal resolvido em mim e não consigo ir além. Assim, tento destruir esse outro, porque se eu não tenho, ele tbm não será digno de ter.
Assim, a segunda pedra no caminho de Ângela a fez tropeçar na inveja. Letícia, de uma forma ou outra, encarnou no inconsciente de Ângela a figura da sua mãe, a traidora que lhe roubou seu pai perfeito, que lhe roubou sua condição de filhinha do papai. Mais uma vez, um Édipo não resolvido.
c)A 3ª pedra -> ALINE. A inveja cegou Ângela e fez sua inteligência se afogar em meio a tanta raiva e amargura. Se tornou presa fácil para Aline e seu poço de insegurança. Ângela viu em Aline o eco de sua raiva. Ângela viu em Aline a extensão de sua solidão (a solidão de ser abandonada pelo papai Júnior). Ângela SÓ NÃO VIU o quanto Aline é mais raivosa e amargurada que ela mesma. Ângela SÓ NÃO VIU o quanto Aline pode enxergar nas migalhas que lhe são oferecidas, uma oportunidade de ouro para se transformar em PARASITA. Sim, Aline é uma parasita que, ao receber uma mão auxiliando, quer todo o corpo e mesmo assim não basta. Porque sua insegurança é enorme e se tornou impeditiva para ela se desenvolver. Aline responde ao mundo com amargura pela condição que se encontra. E sempre esperou de Ângela a mesma devoção. Mas Ângela, cegada por Letícia, foi incapaz de perceber a cilada. E na primeira oportunidade em que não respondeu à altura do que Aline queria, Ângela sofreu as consequências de quem pensa que seus problemas pessoais são culpa de qualquer coisa, menos dela.

Assim, a terceira pedra no caminho de Ângela a fez tropeçar feio na sua pretensão de acabar com Letícia. Aline habilmente afogou a percepção de Ângela. Aline habilmente consegue ter as pessoas em suas mãos a medida em que estas deixam escapar suas dificuldade e inseguranças. Porque Aline sabe melhor do que ninguém, o que é conviver com inseguranças que mais se parecem com demônios.
d)     A corda -> MARCELO. Marcelo estendeu a mão pra Ângela. Marcelo se ofereceu como escravo amoroso para Ângela. Marcelo se ofereceu para ser as migalhas de Ângela. Marcelo CUIDOU E CUIDA de Ângela (independentemente do que as pessoas aqui fora achem disso). Ele cuida e ponto final. E Ângela? Claramente, sem delongas, ELA TEM NOJO DELE. Tem nojo de um homem que não consegue estar à altura do seu pai ideal. Tem nojo de um homem que subverte a lógica e ele se torna o esteio emocional do casal enquanto sobra pra ela, a liderança e racionalidade. Ângela se negou a sair do chão, derrubada por Letícia, Júnior e Aline, porque sair do chão lhe exigiria se reinventar. Lhe exigiria olhar pra dentro e refletir o que está acontecendo de errado. E nós sabemos que isso é difícil. Mas é necessário se quisermos experimentar um pouco de genuína felicidade. Ou tranquilidade.

Não, não é fácil para Ângela ser Ângela. Não é fácil se desligar de um passado fantasioso que se manifesta no presente. Não é fácil reinventar seu homem ideal. Não é fácil enterrar o pai sedutor. Mas esse é o preço para Ângela respirar. Ou ela vai continuar apenas sobrevivendo sem um sorriso digno no rosto.

O que fazemos com as pedras em nosso caminho?




Ângela, como eu torci pra vc. Ângela, como eu quis sua vitória antecipada no jogo. Como eu me regozijei de vc desmanchando Júnior e Letícia em seus emocionados, sólidos e sinceros argumentos de que vc, DE FATO, era a maior vítima dos dois. Como sua inteligência me fez crer que, pela primeira vez, uma mulher poderia vencer PURA E TÃO SOMENTE pela sua capacidade de pensar racionalmente na construção do seu jogo. Mas havia uma pedra no caminho. UMA NÃO, TRÊS. E além das pedras, havia uma corda que te alçaria novamente para longe do lamaçal que vc havia se metido. E o que vc fez? E o que vc faz?
A psicologia sabidamente ensina que nenhuma pessoa pode ser explicada, diagnosticada, analisada e principalmente, AJUDADA, se não virmos essa pessoa em um sistema relacional. As pessoas se tornam PESSOAS quando estão em relação e podem escolher se desenvolver ou involuir nessas relações. Assim, eu tento esmiuçar Ângela na sua relação com as três pedras e a corda.

a)A 1ª pedra -> JÚNIOR. Ângela realmente se encantou pelo cabra. Nos primeiros instantes, começaram a proliferar de todas os becos da NetBBB as ditas caprichetes pelo casal. Com Ângela esbanjando simpatia e desenvoltura no jogo, ela estava com a faca e o queijo. Ângela, de fato, SE APAIXONOU por Júnior. E não foi à toa. Júnior, como todos sabem, se revelou um safado e de conduta amorosa questionável. Ao contrário do que suas palavras diziam, Ângela só fazia se envolver mais e mais por aquele homem. Mesmo que os corpos estavam separados, Ângela depositava todo seu desejo naquele comportamento cafajeste de Júnior.

Quantas vezes Ângela vociferou que só se relacionava com homens cafajestes? E que Júnior não fugia a regra?

Pois é, olhando para a resolução edípica da Ângela, eu suponho que ela nunca deixou de ser a menininha do papai. A menininha que se apaixonou perdidamente por um pai tão sedutor a ponto de ela transferir essa figura ideal para todas as relações com o sexo oposto que ela viria a ter no futuro. Homens sedutores, na sua maioria, possuem as armas mais eficazes do flerte para ter POSSE sobre suas conquistas. E quem tem posse, tem o poder de DESCARTAR quando bem quiser. Basta que sua capacidade de sedução seja posta em um novo desafio. Assim foi com Júnior, quando Letícia cruzou seu caminho.

Ângela não se desligou do seu pai e possui uma séria miopia com o sexo oposto, porque se deixa levar pela figura paternal sedutora que pode amá-la, mas não consegue enxergar que se torna DESCARTÁVEL.

Assim, a primeira pedra no caminho de Ângela a fez tropeçar humilhantemente nas contradições que ela demonstra quando se apaixona.
b)A 2ª pedra -> LETÍCIA. Quando tento enquadrar a relação que surgiu entre Ângela e Letícia, me vem à cabeça, o belo filme de Milos Forman, AMADEUS. Na história, Antonio Salieri é um sábio e competente compositor da corte do Império Romano, quando surge Amadeus Mozart, um jovem de conduta desafiadora, livre, transgressor e desmedido na sua empáfia. Com o tempo passando, Mozart só mostra o quão genial é, na mesma proporção em que cutuca a inveja e amargura de Salieri.

Mozart é como Letícia, claro guardadas as proporções. Sua liberdade em conquistar o homem que quisesse, sua capacidade de NÃO se envolver afetivamente, a maneira como ela se relacionava com seu corpo, sem nenhum tipo de convenção, etc, provocou em Ângela a INVEJA. Sim, inveja. Letícia expôs em praça pública todos os pecados íntimos de Ângela e, pior, expôs PARA ÂNGELA, roubou-lhe o homem que ela havia pintado em seu inconsciente, como seu pai, aquele do passado, tão acessível e sedutor.

Em conversa com a Íris, mais cedo, eu disse que TODOS NÓS em alguma medida, temos RECALQUE, pq este é o mais básico e comum dos mecanismos de defesa da nossa subjetividade. Não escapamos dele. Ângela não escapou dele. A DIFERENÇA ESTÁ NO CAMINHO QUE DAMOS AO NOSSO RECALQUE> podemos usar esses momentos como uma chance de olhar pra dentro e descobrir o que há no outro das minhas projeções, que ele tem e que eu gostaria de ter, mas não desenvolvi. E assim, evoluímos, porque há em todo ser, as mais variadas capacidades e qualidades humanas (Jung definiu isso de inconsciente coletivo – a casa de todos os arquétipos (ou funções humanas) que mora em todos os homens) e estas são ativadas NA RELAÇÃO. 

Entretanto, o outro caminho que podemos dar ao nosso recalque é o da INVEJA> eu odeio todos aqueles que possuem algo que é mal resolvido em mim e não consigo ir além. Assim, tento destruir esse outro, porque se eu não tenho, ele tbm não será digno de ter.
Assim, a segunda pedra no caminho de Ângela a fez tropeçar na inveja. Letícia, de uma forma ou outra, encarnou no inconsciente de Ângela a figura da sua mãe, a traidora que lhe roubou seu pai perfeito, que lhe roubou sua condição de filhinha do papai. Mais uma vez, um Édipo não resolvido.
c)A 3ª pedra -> ALINE. A inveja cegou Ângela e fez sua inteligência se afogar em meio a tanta raiva e amargura. Se tornou presa fácil para Aline e seu poço de insegurança. Ângela viu em Aline o eco de sua raiva. Ângela viu em Aline a extensão de sua solidão (a solidão de ser abandonada pelo papai Júnior). Ângela SÓ NÃO VIU o quanto Aline é mais raivosa e amargurada que ela mesma. Ângela SÓ NÃO VIU o quanto Aline pode enxergar nas migalhas que lhe são oferecidas, uma oportunidade de ouro para se transformar em PARASITA. Sim, Aline é uma parasita que, ao receber uma mão auxiliando, quer todo o corpo e mesmo assim não basta. Porque sua insegurança é enorme e se tornou impeditiva para ela se desenvolver. Aline responde ao mundo com amargura pela condição que se encontra. E sempre esperou de Ângela a mesma devoção. Mas Ângela, cegada por Letícia, foi incapaz de perceber a cilada. E na primeira oportunidade em que não respondeu à altura do que Aline queria, Ângela sofreu as consequências de quem pensa que seus problemas pessoais são culpa de qualquer coisa, menos dela.

Assim, a terceira pedra no caminho de Ângela a fez tropeçar feio na sua pretensão de acabar com Letícia. Aline habilmente afogou a percepção de Ângela. Aline habilmente consegue ter as pessoas em suas mãos a medida em que estas deixam escapar suas dificuldade e inseguranças. Porque Aline sabe melhor do que ninguém, o que é conviver com inseguranças que mais se parecem com demônios.
d)     A corda -> MARCELO. Marcelo estendeu a mão pra Ângela. Marcelo se ofereceu como escravo amoroso para Ângela. Marcelo se ofereceu para ser as migalhas de Ângela. Marcelo CUIDOU E CUIDA de Ângela (independentemente do que as pessoas aqui fora achem disso). Ele cuida e ponto final. E Ângela? Claramente, sem delongas, ELA TEM NOJO DELE. Tem nojo de um homem que não consegue estar à altura do seu pai ideal. Tem nojo de um homem que subverte a lógica e ele se torna o esteio emocional do casal enquanto sobra pra ela, a liderança e racionalidade. Ângela se negou a sair do chão, derrubada por Letícia, Júnior e Aline, porque sair do chão lhe exigiria se reinventar. Lhe exigiria olhar pra dentro e refletir o que está acontecendo de errado. E nós sabemos que isso é difícil. Mas é necessário se quisermos experimentar um pouco de genuína felicidade. Ou tranquilidade.

Não, não é fácil para Ângela ser Ângela. Não é fácil se desligar de um passado fantasioso que se manifesta no presente. Não é fácil reinventar seu homem ideal. Não é fácil enterrar o pai sedutor. Mas esse é o preço para Ângela respirar. Ou ela vai continuar apenas sobrevivendo sem um sorriso digno no rosto.

segunda-feira, 3 de março de 2014

The Oscar goes to...

...Mais de 12 anos de Escravidão



Chegamos a 14 edição do BBB e ou a fórmula está cansada, ou a produção está cansadas, ou estamos cansados, ou , quanto mais principalmente, todas as respostas anteriores.

A edição está cansativa e assistimos uma seleção cada vez mais homogênea tentando emplacar estratégias de vencedores anteriores. Mas não existe fórmula mágica para ser campeão. Não adianta formar casal, fazer papel de vítima do mundo e dos seus colegas de confinamento, nem tampouco ficar escondido como rato para comer o queijo às escondidas.

O que importa para o público é quem tem "tutano" suficiente para sustentar 3 meses de confinamento com uma história diferente ou agradável e que consiga cair nas graças dos viciados nesse jogo. A Academia do Oscar do BBB somos nós, e mais recentemente, os ativistas de redes sociais que escolhem seus queridos com uma paixão avassaladora e desagregadora.

Os amantes de BBB estão tornando-se escravos dessas máfias das redes sociais que na primeira semana, sem o mínimo de senso crítico, adotam seu confinado e os defendem cegamente. Mas para torcer em BBB precisamos de senso crítico? Não e sim!

Não, porque empatia é algo pessoal e incomparável. E sim, porque nosso senso crítico precisar limitar nossas ações até o limite do respeito do outro torcedor. Isso é nossa guia, nossa luta pelo preconceito e nossa opinião.

Poderíamos citar as agruras que Solomon, o escravo do filme vencedor do Oscar, teve que vivenciar graças a um preconceito que hoje replicamos com nossos atos independe de raça, credo ou condição social. Um exemplo claro é a relação Slin e Ângela que já estamos escutando que não há apelo porque ele é negro. Paro por aqui, porque penso que a questão é simplesmente de "feeling" e "química". Enfim, nossa guerra aqui precisa ser de confete e serpentina.

Apesar de o BBB14 está intragável, assim como a Ângela, Clara, Vanessa e a Aline (Coelho tinha que alfinetar) com seu jogo sujo, não consigo imaginar 2015 sem o BBB15. E para que isso ocorra precisamos descontaminar nossa mente com as intrigas que perpassam por toda história dessa edição e acaba contaminando nossa salutar convivência.

Meu sentimento é que todos os participantes deveriam ser lançados como Sandra Bullock em Gravidade - levou 7 Oscar (mamão com açúcar né Leonel?) -  e quem conseguisse chegar à Terra BBB e levantar o braço levaria esse 1,5 milhão.

Realmente não entendo de cinema, nem de BBB mas sou sábio o bastante para perceber que a alegria que contagia nosso Carnaval é nosso bate-papo.

Mais uma vez vamos brincar nesse BBBnarval galera!! 
Mais Leveza e Menos Gravidade!!
Mais Zoação e Menos Prozac!!!

domingo, 2 de março de 2014

As 10 maiores bilheterias do cinema BBB14



1 - Avaidar - Drama, terror. Aline, Clara e Vanessa parem de fofocar; Ângela de reclamar; e Fran de chorar.

2 - Clanessanic - Vanessa e Clara embarcaram em uma viagem de amor que a cada dia afunda mais em dissimulação e fofoca.

3 - Os Ficadores - Comédia dramática estrelada por Ângela, Marcelo, Júnior, Letícia, Clara, Vanessa, Fran e Diego. Conta a história de um grupo de parlapatões que tentam engrenar uma história tórrida de amor, mas o máximo que conseguem é um franguinho à cabidela no microondas.

4 - Gambá Porter e as Mentiras de Morte - Comédia pastelão estrelada por Cássio, o Gambá, e Valdirene na qual o protagonista conta suas ousadas e mortais relações sexuais.

5 - O Homem de Ferro - Filme de animação que tem como ator principal Valter Slin. A personagem narra sua história enquanto permanece escondido dentro de uma armadura de ferro funcionando praticamente como um estátua na casa.

6 - Transformers: O Lado escuro das Bruxas - Filme de terror estrelado por Ângela, Clara, Aline e Vanessa. O enredo conta a história de 4 bruxas boazinhas que quando juntas, ou em pequenos grupos, mostram toda a maldade de suas atitudes.

7 - O Ogro dos Pastéis: o Retorno do Rei - Comédia, drama, violência e nudez. O filme narra a história do retorno do Ogro Diego à cozinha da Sibéria, na qual reina no mundo dos quitutes de moela.

8 - 00Sexo: Operação Ecaiefolde  - Sexo explícito. Filme da indústria pornô estrelando o casal Frango que narra a história de casais com problemas de ejaculação precoce.(Isso se filme pornô possuir narrativa)

9 - BatVan: A Cavaleira das Trevas  - Terror. Filme mostrando a rede de intrigas e terrorismo protagonizada por Vanessa dentro da Casa.

10 - Piratas do Kremlin: Navegando em águas misteriosas  - Terror. O enredo retrata a história de um grupo de pessoas que vestem roxo e misteriosamente somem uma a cada semana. A personagem principal são agentes infiltradas da KGB, Aline e Vanessa, que são responsáveis pelas tramas mais sórdidas dentro da casa.

PS.: Caso Diego e Fran votem hoje em Slin ou em Aline, e um destes siga para o paredão. o filme em 2º lugar receberá o título original de os Vingadores. Que conta a vingança desses 2 e da Poli.

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