quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Parabéns, BIBBBBBBBBBBBBBBSSSSSSSSSSSSSSSS!!!!!!


Parabéns, Bibslinda!!!
Sabe, Bibs!? Procurei um Beatles ou uma foto do Grêmio para homenageá-la, mas seria torto tentar mostrar um sentimento pelo tosco caminho da antítese. Sendo assim fui buscar nas profundezas bibliotecárias de tutameia uma Rosa para ofertar.  Uma rosa daquele que mistura Guinazu com Aránguiz para tornar-se um Guimarães que é um joãozim qualquer.
Feliz Aniversário, poeta vermelha!

Hei o que ele é. 
Do IRREPLEGÍVEL
Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antioidático, sengraçante imprizido; ou talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.

Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotrélico? Salvo o exepto, um neologismo contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que um não se assuste: sai todo-o-mundo a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no passado.

Sobre o que, aliás, previu-se um bem decretado conceito: o de que só o povo tem o direito de se 
manifestar, neste público particular. Isto nos aquieta. A gente pensa em democráticas assembléias, comitês, comícios, para a vivíssima ação de desenvolver o idioma; senão que o inconsciente coletivo ou o Espírito Santo se exerçam a ditar a vários populares, a um tempo, as sábias, válidas inspirações. Haja para. Diz-se-nos também, é certo, que tudo não passa de um engano de arte, leigo e tredo: que quem inventa palavras é sempre um indivíduo, elas, como as criaturas, costumando ter um pai só; e que a comunidade contribui apenas dando-lhes ou fechando-lhes a circulação. Não importa. Na fecundidade do araque apura-se vantajosa singeleza, e a sensatez da inocência supera as excelências do estudo. Pelo que, terá de ser agreste ou inculto o neologista, e ainda melhor se analfabeto for. 

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