quarta-feira, 5 de março de 2014

A COBRAnça da Poeta



Cada dia que passa mais difícil fica torcer para qualquer um dos BBBs.

Eu procurei inspiração para escrever um verso, mas não me veio nem um lampejo de rima. Resolvi escrever um conto em prosa, mas pior ainda na minha cabeça só apareciam cobras.

Lamento! Lamentei! E estou lamentando (Acho que estou contaminado pela Amargurângela) essa edição e cada um de seu participantes. Meras serpentes que não pertencem ao convívio humano. Pior ainda! Acho que se estivessem no mundo virtual seriam alimentadas pela destruição de seus companheiros. Ou seja, seres ineptos para a Sociedade.

A produção percebeu e resolveu interferir (em quanto é tempo...será!?). Bial na eliminação acariciou uma torcida ferina que poderiam compor o elenco dessa edição sem solução de continuidade para o roteiro. No seu discurso de eliminação ele falou de Aline? Ou falava das torcidas que nem sequer estavam no paredão e foram protagonistas da saída de Fran.

Quanto mais assisto BBB, mais gosto do meus desenhos animados e menos gosto dos movimentos de manipulação de massa que assistíamos há muito pela televisão. E agora pelas mídias sociais são potencializados pelas máscaras de nicks, avatares e perfis "fake". Mas não me cabe julgar.

Não julgo mas me falta material. Falta inspiração e vontade de exprimir e imprimir sentimentos por palavras e desenhos. Esse é um problema meu! Então pedi ajuda a uma amiga poeta que consegue transformar limão em limonada, banheiras em piscinas e sangue em batom vermelho de uma mulher apaixonada (talvez uma vampira).

E qual minha surpresa? Ela mexeu no serpentário do BBB14 e descreveu cada um deles, como se fossem um, com perfeição.

Agradeço a  Kat Taibhseach pelo perfil de nossos "heróis".




COBRAnça da Poeta

Meus erros serão certeiros e destrutivos
Eu sempre guiarei na contramão dos vivos 
por um bom motivo
Passarei por cima dos esqueletos,
nada além de velhos restos de pele e ossos esquecidos.
Enfeitarei a cruel verdade
com beijos acidentados
e dedos enfeitados de ouro e prata
Cada suspiro arremessado em minha direção
transformarei em dardos jogados de volta
acertarei o alvo-coração...
Não brinco com a razão alheia
essa perigosa armadilha
Eu sou o líder da matilha
A cobra-coral peçonhenta
que habita os cantos escuros da natureza
Sei o momento certo de sair à luz 
E desempenho meu papel no ato falho da visão turva
admirando as tripas pútridas devoradas pelos abutres
Você acreditará: "Isso é apenas uma tela de plasma" 
uma janela para os sonhos, mas vejam de perto
o sangue que lava esse dinheiro
escorrendo pela grama e contaminando 
a água onde nossas crianças ingenuamente se afogam.

Kat Taibhseach

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